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Projeção do Banco Mundial para o crescimento do Brasil em 2026 é otimista

Carlos Braga, ex-diretor da instituição, destaca o consumo como principal alavanca do crescimento e aponta desafios relacionados à inflação e déficit público

O Banco Mundial divulgou uma projeção de crescimento de 2,2% para a economia brasileira em 2026, uma perspectiva considerada otimista em comparação com as estimativas de outras instituições. A previsão se mostra mais elevada que as projeções do Fundo Monetário Internacional (1,9%), do Boletim Focus (1,8%) e da OCDE (1,7%).

O cenário positivo é sustentado por indicadores como a taxa de desemprego em níveis relativamente baixos, em torno de 5,6%, e medidas governamentais que podem impulsionar o consumo, incluindo mudanças no imposto de renda para pessoa física. No entanto, permanecem preocupações sobre os possíveis impactos na inflação e no déficit público.

Embora reformas estruturais como a tributária estejam em andamento, seus efeitos não devem ser significativos no curto prazo. A implementação completa da reforma tributária está prevista apenas para 2033, com a fase de transição podendo gerar incertezas para as empresas em 2026.

No âmbito dos investimentos, alguns estados como Mato Grosso do Sul e Paraná apresentam espaço fiscal para aumentar investimentos em infraestrutura. Contudo, o governo federal enfrenta limitações fiscais mais severas, resultando em uma redução dos investimentos como proporção do PIB.

O fluxo de investimentos estrangeiros diretos mantém-se estável, com expectativa de aproximadamente US$ 70 bilhões para o próximo ano. Porém, para alcançar um crescimento sustentado de 4% ao ano, seria necessária uma formação bruta de capital fixo de cerca de 25% do PIB, enquanto o país apresenta atualmente cerca de 17%.